Os servidores públicos municipais de Rondonópolis
continuam em greve e sem previsão para o fim do movimento grevista. Com o apoio
do sindicato da categoria, o SISPMUR, os trabalhadores que abrangem 70% da
categoria que totaliza cerca de 2.300 profissionais, lutam por melhores
condições de trabalho e o Plano de Cargos, Carreiras e Salários - PCCS que, de
acordo com a assessoria de imprensa da entidade sindical é um anseio antigo dos
servidores, porém, cercado de promessas não cumpridas pelo prefeito Percival
Muniz há pelo menos dois anos. Conforme o assessor Oséias Freitas, o que vem
causando mais revolta neste contexto são os ataques do chefe maior do executivo
municipal na mídia local, ao gestor sindical Rubens de Oliveira Paulo, que gere
o Sispmur. O presidente da Federação dos Servidores Públicos do Estado de Mato
Grosso - FESSPME/MT, Nedilson Maciel, falou também em nome da Central dos
Sindicatos Brasileiros – CSB, que a representa, e criticou a postura do
prefeito de Rondonópolis.
FESSPME/MT
Limite - Nedilson
Maciel acredita que, se a greve for julgada ilegal o movimento cria certa
fragilidade no processo, mas que a real
ilegalidade está no cerceamento do direito
dos servidores. "Quando o ele - Percival Muniz - vai aos meios de
comunicação mostra que ataca não a categoria e sim o presidente, pois a
manifestação parte dele; mas focar o ataque nele - Rubens - é complicado, e
exigimos que o prefeito tenha limite em suas ações neste sentido", complementou.
ASCOM/SISPMUR
Fortelecido - Para
o assessor a proposta do executivo tira toda a possibilidade de crescimento
profissional dos servidores, pois avalia que sem o PCCS não ja como evoluir.
Ele reitera que "o Sispmur tem sido vítima de ataques em sites de
grande acesso e ligados à prefeitura, em que está se plantando notícias -
‘fofocas’ - de toda forma". Oséias assegura que o SISPMUR não compartilha
desta forma de comunicação, com uso da máquina pública para tais afrontas e,
que apesar disto, o movimento grevista se mantém fortalecido, já que a greve abrange
70% da categoria. "Foi o próprio servidor quem pediu a greve, porque
apesar de o sindicato ter votado em dezembro pela prorrogação do Indicativo de
Greve para 30 dias, que a adiaria para o fim de fevereiro, em 27 de janeiro os
servidores decidiram parar de imediato", finalizou.
CSB/SINTAP/MT – “A
Central dos Sindicatos Brasileiros se põe sempre presente nas lutas dos
sindicatos municipais que fazem parte da FESSPME/MT, buscando não só o CCS,
como também melhores condições de trabalho aos servidores, e essencialmente a
revitalização do sindicalismo na base. Em se tratando do
SISPMUR, na pessoa do presidente Rubens Paulo, que apesar da greve, enquanto
ferramenta de última instância face à negligência das autoridades a que
competem as decisões a bem dos servidores, em verdade prima e preferiria o
diálogo com prefeito de Rondonópolis; contudo, o mesmo vem desrespeitando os
acordos feitos com a categoria, e ainda, se utilizando da mídia para agredir
muito mais o gestor sindical que o próprio sindicato que este gere. E, nós da
CSB e a Federação rechaçamos a forma como o prefeito Percival Muniz vem
tratando seu servidor, porque este é o patrimônio principal de um município,
por dar sustentabilidade de todas as ações de seu chefe maior do executivo;
portanto,
nada mais justo que tratá-lo com o devido
valor e preservá-lo, respondendo com a valorização à altura de sua essência,
principalmente quanto aos direitos destes trabalhadores. Queremos aqui deixar
um apelo ao prefeito Percival Muniz, clamando para que ele se sensibilize com
as reivindicações da categoria, sentando para discutir a respeito, e muito mais
que isto, cumprindo com o seja acordado; e se preciso for estaremos juntos
nesta negociação para que ela aconteça da forma mais breve possível,
pois, apesar de reconhecer a necessidade de uma greve em certos momentos
para cada segmento, sabemos também que, quem mais perde isto são os cidadãos,
neste caso, os rondonopolitanos, que se utilizam dos serviços da administração
municipal. A Central está sempre à disposição, uma vez que objetiva tão somente
somar nos interesses das classes trabalhadoras de todo o país”, finalizou a
vice-presidente nacional da CSB, e presidente do SINTAP/MT, Diany
Dias.
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