quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Profissionais da educação rejeitam proposta de reajusta oferecida pela prefeitura de Brasnorte e aprovam 'estado de greve'

Da Assessoria

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brasnorte realizou, no final da tarde desta quarta-feira (26.02), no plenário da Câmara de Vereadores, assembleia geral com os profissionais da rede municipal de ensino. O evento contou com mais de 150 participantes, entre professores e pessoal do corpo técnico da Educação. De acordo com o presidente do Sindicato, Daniel Ferreira Júnior, a assembleia aconteceu para a categoria analisar proposta de reajuste salarial apresentada na terça-feira, dia 25, pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

O evento teve início às 17h30 e contou também com presença dos vereadores, Sargento Moraes (PR), Roberto Preto (PMDB), Prof. Genival (PR) e Nelsi Deiss (PROS). O jornalista e presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) Dorjival Silva também esteve presente como convidado.

AS DISCUSSÕES
Numa apresentação que demorou mais de uma hora, a professora Marlúcia Bezerra do Prado expôs para a plenária a precária situação salarial vivenciada pelos profissionais da educação do município de Brasnorte. Em slides, foi mostrado um resumo das principais leis federais que orientam e obrigam os municípios brasileiros a pagar o piso nacional da categoria.

Em seguida, foi apresentada a proposta do município, em atendimento à cobrança feita pela categoria em relação ao novo piso salarial vigente, desde janeiro, que é de pouco mais de R$ 1.697.

Pela proposta da Secretaria de Educação, o professor de ensino médio iniciante (que se enquadra no Magistério Classe A), que atualmente percebe R$ 747,26, passaria a receber com os reajustes devidos, R$ 848,69. O Sindicato apontou que o reajuste deve ser da ordem de R$ 1.697,37.
Quadro demonstrativo - Magistério Classe A

Para os profissionais também em início de carreira (que se enquadram na Graduação Classe B), que hoje percebem R$ 1.120,89, a Educação propôs reajustar o valor para R$ 1.227,04. O Sindicado quer que o reajuste para os profissionais dessa classe suba para R$ 2.546,05.
Quadro demonstrativo Graduação Classe B

Como as propostas apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação ficaram muito longe do que vem sendo cobrado pela categoria, não deu acordo. Posto o assunto em votação, a categoria não só rejeitou o proposto pelo município, como aprovou por unanimidade o chamado “Estado de Greve”.

O presidente do Sindicato Daniel Ferreira explicou que a partir de agora novos documentos serão analisados minuciosamente por um técnico e após esse trabalho, uma nova assembleia geral será convocada, devendo ser no mês de março.

“Se até essa assembleia, o município não apresentar à categoria uma proposta convincente, isso é, para de alguma maneira atender ao imposto pela lei federal 11.738/2008, que regula o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, não restaurar alternativa senão a deflagração de uma greve por tempo indeterminado”, concluiu.

VEJA OUTRAS IMAGENS DA ASSEMBLEIA GERAL




















  

Um comentário:

  1. É isso ai servidores cobrar o direito, e a prefeitura é obrigação de cumprir com a Lei.

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