Da Assessoria
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brasnorte
realizou, no final da tarde desta quarta-feira (26.02), no plenário da Câmara
de Vereadores, assembleia geral com os profissionais da rede municipal de
ensino. O evento contou com mais de 150 participantes, entre professores e pessoal
do corpo técnico da Educação. De acordo com o presidente do Sindicato, Daniel
Ferreira Júnior, a assembleia aconteceu para a categoria analisar proposta de
reajuste salarial apresentada na terça-feira, dia 25, pela Secretaria Municipal
de Educação e Cultura.
O evento teve início às 17h30 e contou também com presença dos
vereadores, Sargento Moraes (PR), Roberto Preto (PMDB), Prof. Genival (PR) e
Nelsi Deiss (PROS). O jornalista e presidente do Partido Democrático
Trabalhista (PDT) Dorjival Silva também esteve presente como convidado.
AS DISCUSSÕES
Numa apresentação que demorou mais de uma hora, a professora
Marlúcia Bezerra do Prado expôs para a plenária a precária situação salarial
vivenciada pelos profissionais da educação do município de Brasnorte. Em
slides, foi mostrado um resumo das principais leis federais que orientam e
obrigam os municípios brasileiros a pagar o piso nacional da categoria.
Em seguida, foi apresentada a proposta do município, em
atendimento à cobrança feita pela categoria em relação ao novo piso salarial
vigente, desde janeiro, que é de pouco mais de R$ 1.697.
Pela proposta da Secretaria de Educação, o professor de ensino
médio iniciante (que se enquadra no Magistério Classe A), que atualmente
percebe R$ 747,26, passaria a receber com os reajustes devidos, R$ 848,69. O Sindicato
apontou que o reajuste deve ser da ordem de R$ 1.697,37.
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Quadro demonstrativo - Magistério Classe A |
Para os profissionais também em início de carreira (que se
enquadram na Graduação Classe B), que hoje percebem R$ 1.120,89, a Educação propôs
reajustar o valor para R$ 1.227,04. O Sindicado quer que o reajuste para os
profissionais dessa classe suba para R$ 2.546,05.
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Quadro demonstrativo Graduação Classe B |
Como as propostas apresentadas pela Secretaria Municipal de
Educação ficaram muito longe do que vem sendo cobrado pela categoria, não deu
acordo. Posto o assunto em votação, a categoria não só rejeitou o proposto pelo município,
como aprovou por unanimidade o chamado “Estado de Greve”.
O presidente do Sindicato Daniel Ferreira explicou que a partir de
agora novos documentos serão analisados minuciosamente por um técnico e após
esse trabalho, uma nova assembleia geral será convocada, devendo ser no mês de
março.
“Se até essa assembleia, o município não apresentar à categoria
uma proposta convincente, isso é, para de alguma maneira atender ao imposto pela
lei federal 11.738/2008, que regula o piso salarial nacional dos profissionais
do magistério público da educação básica, não restaurar alternativa senão a
deflagração de uma greve por tempo indeterminado”, concluiu.
VEJA OUTRAS IMAGENS DA ASSEMBLEIA GERAL